terça-feira, 27 de janeiro de 2009

URGENTEMENTE

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.


É urgente destruir destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade
alguns lamentos,
muitas espadas.



É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras


Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer

Eugénio de Andrade


Nota: Peço perdão aos leitores de me ter esquecido de mencionar o autor deste poema. É uma falta imperdoável mas não foi por mal.
publicada por alex às 11:35 3 Comentários Hiperligações para esta mensagem


3 Comentários:
sideny disse...
Alex
O amor faz parte da nossa vida.
Devemos fazer tudo com um pouco de amor, até mesmo termos amor a nós proprios.

beijinhos

28 de Janeiro de 2009 12:48
O Árabe disse...
É urgente, sim. E cada vez mais necessário! :) Bom fim de semana.

30 de Janeiro de 2009 9:12
Alice Matos disse...
Bom lembrar aqui Eugénio de Andrade..

Fica bem...

31 de Janeiro de 2009 13:32

domingo, 25 de janeiro de 2009

FALAR DA HEPATITE C É COMEÇAR A VENCÊ-LA

Em geral silenciosa, a hepatite C é a mais frequente das hepatites víricas crónicas no Ocidente.O problema de saúde pública por ela suscitado descreve-se em números que falam por si:em Portugal,por exemplo, há 150000 doentes; em França, 5ooooo pessoas sofrem de hepatite C crónica.Metade delas foram contaminadas durante uma transfusão de sangue, algures entre 1970 e 1990.Destas, cerca de 100000 estão ameaçadas por uma cirrose e 30000 por um cancro primitivo do fígado.Mas muitas vezes não o sabem.Face a uma tal ameaça, o público oscila entre uma enorme indiferença, por parte daqueles que não são afectados directamente, e a inquietação, por vezes desmesurada,daqueles que um teste identifica como «VHC positivos».
Mesmo nas suas formas menos graves, a hepatite C crónica pode ser reveladora da fragilidade das pessoas. Uns cedem a um sentimento de culpa.Pensavam que «a juventude é para ser vivida». Foi vivida, mas não sem deixar marcas.Quer se tenha explorado, por via intravenosa, algum paraíso artificial, quer se tenha, numa noite de embriaguez ou de inconsciencia,guiado tão depressa que o acidente aconteceu,,impondo uma transfusão de sangue, pode-se ficar com a mesma marca ameaçadora. A hepatite C diz respeito a todos.E todas as pessoas infectadas correm o risco de, a qualquer momento se sentirem sós,mal informadas.Sem armas para combater uma doença que prolifera na sombra; desamparadas por uma medicina que tanto intimidaquanto alivia; assustadas por uma nova terapeútica, que fez progressos consideráveis em poucos anos, mas pode sempre castigar o corpo e baixar a moral.
Aos doentes inquietos gostaríamos de lhes passar o testemunho de encorajamento de todos aqueles para quem a hepatite crónica não passa de uma má recordação:trataram-se e agora estão curados.
Para viver feliz, o vírus prefere estar escondido.Falar dele é começar a vencê-lo.


Comentários:
O Árabe disse...
Belo post! E tens razão no que dizes ao final: muitas das coisas que prejudicam a nossa vida precisam ficar escondidas; quando delas falamos, começamos a vencê-las. :) Boa semana.

26 de Janeiro de 2009 4:22
sideny disse...
alex

Esta muito bom e esclarecedor este post.
Sim devemos falar das coisas que nos afligem
e hep c ou outras doenças até.

Assim a falar é que começam os fantasmas a
desaparecer, e vamos vencendo-as.

beijocas

26 de Janeiro de 2009 11:51
M. disse...
Bom conselho. até porque se trata de uma doença praticamente controlada e curável pelo que não há necesidade de se criarem mais bichos papões.
Mas o povo continua mergulhado na escuridão da ignorância e com receio de ser rotulado prefere manter o silêncio.
a esperança diz-nos que as coisas mudarão, mesmo que devagar.

Um beijo alex

26 de Janeiro de 2009 14:36

sábado, 24 de janeiro de 2009

PARA TI LÍDIA

Este é um prémio que tu recebeste pelo optimo trabalho que tens vindo a realizar ao longo dos anos.É teu por mérito próprio.Como é teu hábito repartiste-o, como repartes tudo o que te é querido.Não fiquei admirada, pois são décadas de amizade. Mas sim profundamente agradecida, por me incluíres neste rol de mulheres coragem.A minha parte do prémio vai ser guardado no coração que foi onde ele me tocou profundamente.

Sabes que detesto desigualdades
mas hoje os homens que vão às urtigas

beijos e abraços longos

3 Comentários:
Silêncio Culpado disse...
Xana

Fizeste-me chorar e eu não choro. Foi dos prémios mais lindos que recebi em toda a minha vida. Não há nada que eu deseje mais do que o teu afecto e ver-te ressurgir com aquela grandeza que mereces. Não a outra grandeza que nos ensinaram e que nos corrói, mas sim aquela grandeza da humildade e da capacidade de dar, partilhar e aprender. Esta será sempre a grandeza que nos realizará como pessoas e que nunca passará com o tempo. É nesta grandeza que eu ponho a minha fé de que com ela possas caminhar e olhar um mundo que te pertence e do qual te arredaste.
Não tens que ser triste, minha querida. Há sol, lembras-te?

Abraço muito, muito apertado.

25 de Janeiro de 2009 10:07
sideny disse...
xana
Embora eu conheça a Lidia á pouco tempo
acho que este premio é mais que lhe merecido.
quanto a ti minha menina toca de deixar as tristezas de lado(todos nos temos algumas)
e toca a viver.
Como diz a Lidia há sol e o sol nasce para todos nos, ele é vida.
jinhos

25 de Janeiro de 2009 12:41
M. disse...
Olá olá

vim agradecer a visita à minha cidadela e o simpático comentário. Tenho-te "visto" pelo sidadania e no espaço da Lídia e já deu para tirar umas breves ilações sobre a tua pessoa que se resumem a uma coisa grandiosa como o facto de seres uma lutadora. Quanto à Lídia, merece tudo e mais alguma coisa, é o tipo de mulher a quem eu confiaria o governo do mundo.

Beijo para ti e que a Força esteja sempre contigo

26 de Janeiro de 2009 14:32
AO LARGO, AINDA ARDE
A BARCA ,DA FANTASIA
O MEU SONHO ACABA TARDE
ACORDAR É QUE EU NÃO QUERIA




MADREDEUS



3 Comentários:
sideny disse...
Eu gosto de Madredeus.
Ja não é com a teresa ,mas a que t~em agora tambem é uma boa voz.
jinhos

24 de Janeiro de 2009 11:15
SILÊNCIO CULPADO disse...
Xana/Alex

Tens um prémio no Silêncio Culpado que deverás transportar aqui para o teu cantinho e oferecer a outras amigas.

Abraço

24 de Janeiro de 2009 14:58
Odele Souza disse...
Já ouvi Madredeus cantando. Que voz linda!

Um abraço.

25 de Janeiro de 2009 4:29

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

HÁ PERGUNTAS QUE TÊM QUE SER FEITAS

Quem quer que sejas, onde quer que estejas
Diz-me se, é este o mundo que desejas?
Homens rezam, acreditam,morrem por Ti
Dizem que estás em todo lado,mas não sei se já te vi
Vejo tanta dor no mundo, pergunto-me se existes
Onde está a tua alegria,neste mundo de homens tristes?
Se ensinas o bem, porque é que somos maus por natureza?
Se tudo podes, porque é que não pões comida à minha mesa?
Perdoa-me as dúvidas, tenho que perguntar
Sou o teu filho e Tu me amas, porque é que me fazes chorar?
Ninguém tem a verdade, o que sabemos são palpites
Sangue é derramado, em Teu nome é porque o permites
Se me deste olhos, porque é que não vejo nada?
Se sou feito à Tua imagem, porque é que eu durmo na calçada?
Será que pedir a paz entre os Homens, é pedir demais?
Porque é que sou discriminado, se somos todos iguais?
Porquê? Porque é que os Homens se comportam como irracionais?
Porque é que guerras e doenças matam cada vez mais?
Porque é que a paz não passa de ilusão?
Como pode o Homem amar com armas na mão?
Porquê? Peço perdão pelas perguntas que têm que ser feitas
E se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?
Quem és Tu? Onde estás ? O que fazes? Não sei
Eu acredito é na paz e no amor
Por favor, não deixes o mal entrar no meu coração
Dou por mim a chamar o teu nome, em horas de aflição
Mas, tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos
Se o Homem nasce livre, porque é que alguns são donos?
Quem inventou o ódio?
Quem foi que inventou a guerra?
Às vezes acho que o inferno, é um lugar aqui na Terra.
Não deixes crianças, sofrer pelos adultos
Os pecados são os mesmos, o que muda são os cultos
Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem
Mas no livro que escreveste, cada um só lê o que lhe convém.
Passo noites em branco, quase sem dormir a pensar
Tantas perguntas, tanta coisa por explicar.
Interrogo-me, penso no destino que me deste
E tudo o que me acontece, é porque Tu assim quiseste
Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?
Será que é essa a justiça pela qual eu tanto reclamo?
Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?
Se calhar desse lado está a felicidade mais pura
Mas se nada fiz, nada tenho a temer
A morte não me assusta, o que assusta é a forma de morrer.

Autor: BOSS AC
publicada por alex às 23:40 4 Comentários

Silêncio Culpado disse...
Alex
É lindissímo este poema. Todos nós, uns mais que outros, temos feito estas perguntas em diferentes momentos da nossa vida.Quantos as trauteiam na angústia e no medo?!...Não sei porque "têm que ser feitas as perguntas" se não há respostas. Pelo menos não há aquelas respostas que procuramos. Porque a vida é um mistério que não nos é dado conhecer na totalidade. Nenhum sábio conseguiu desvendar todos os mistérios do Universo."Enterrada sob a Suíça e a França, está a máquina mais perfeita e cara desde que a Humanidade existe, segundo as vozes autorizadas.Custou oito mil milhões de dólares, demorou vinte anos a construir, tem vinte e oito quilómetros de comprimento,nove mil físicos trabalham com ela, dará resposta a todas as questões levantadas até hoje pela Ciência.Há quem acredite que ficaremos, inclusivé, a saber como foi criado o Universo desde o exacto início do Big Bang.Só que, facto inesperado e incontornável, o acelerador de partículas (pois é dele que estamos falando)...avariou!!Pelo que a tão decantada maravilha técnica se encontra parada e em recuperação ao fim de nem sequer um mês de funcionamento!Esta situação recorda-me uma experiência de que tive conhecimento na minha já distante adolescência e que consistia em fabricar água segundo todas as regras e respeitando todas as proporções dos elementos que a compõem, colocando depois lá um peixe.Os cientistas fizeram tudo quanto tinham a fazer, criando uma água pura e correcta. Simplesmente, o peixe em quem recaiu a honra de provar que a Humanidade era capaz de criar água sem problema algum, decidiu morrer sem grandes delongas. Tal como os que se lhe seguiram.O riso de Deus deve, neste momento, ecoar por todos os recantos do Universo e arredores, creio eu.E a pergunta que coloco é esta: quando aprenderá a Humanidade a não se ver como omnipotente e a deixar de ver um leão onde está um gato?!(Texto da minha amiga São Banza)."Também eu teria muito a dizer sobre esta reflexão. Mas fica para outros diálogos destes posts magníficos.Abraço
24 de Janeiro de 2009 9:45
alex disse...
obg. lídia por estes comentários que me deixam sempre mais rica e confiante. Todos os dias c/ ajuda vou tirando alguns tijolos da parede sabendo que do outro lado existem muitas pessoas que me podem ajudar ou que precisam da minha ajuda .Isso é extremamente edificante. bjx grandes e uma boa viagem
24 de Janeiro de 2009 10:53
sideny disse...
Alexninguém sabe como sera a sua forma de morrer.e como nao fazemos a minima ideia, o melhor que temos, é mesmo viver sem pensar muito nisso.por isso menina força e toca a viver, que ja se perdeu muito tempo.jinhos
24 de Janeiro de 2009 12:34
Odele Souza disse...
Alex, Obrigada por sua visita, comentário e pelo link do blog de Flavia. Este texto é fantástico. Também eu Alex, como tantos de nós, faço - sem infelizmente nunca ter tido respostas - as perguntas acima. Por que? Por que? Por que...?O que eu penso é que mesmo sem entender, temos que lutar pelo que consideramos justo. Mesmo que tenhamos que chorar, nos curvar diante do peso do que a vida nos reservou, será sempre com a espada na mão. Lutando!Um abraço com o meu desejo de BOM DOMINGO!
25 de Janeiro de 2009 4:26

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SEM

Ergueram-se na manhã, tinham costumes que nos são estrangeiros, a que não faltava orgulho. Era gente de poucos haveres mas também de poucas necessidades, e quanto a sabedoria, nenhum valor atribuíam à quase nenhuma que tinham. Alguém os comparou ao fogo dos cardos; quem assim falava talvez lhes conhecesse o ardor, mas não sabia certamente da sua imensa doçura. Tinham certas incompatibilidades, não serei eu a negá-lo, e odiavam esse comércio da alma que sempre prosperou entre as pernas. A mim não me são indiferentes; sobretudo por aquela sua obstinação em multiplicar sobre o corpo os lugares de amor.



Silêncio Culpado disse...
Alex
Tens aqui algumas imagens de grande beleza e de grande profundidade que tornam a mensagem deveras interessante.
Apenas com um reparo quando dizes que
"quanto a sabedoria, nenhum valor atribuíam à quase nenhuma que tinham." É que, Alex, toda a gente tem sabedoria e não são as condições agrestes que lha tiram, bem pelo contrário. Só que essa sabedoria poderá não ser uma sabedoria cultivada, estruturada por objectivos, contextualizada no ambiente que rodeia. Mas não deixa de ser sabedoria.
Há pois que dar asas ao conhecimento para que ele cresça e que, como dizia Lenine, liberte o homem.
A frase "aprender, aprender sempre" deve pois ser uma orientação de vida. Sem complexos. Porque quem perdeu tudo já nada tem a perder e tem todo o mundo a ganhar.

Abraço

22 de Janeiro de 2009 10:06

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O JULGAMENTO

O JULGAMENTO


Bom dia. Mertíssimo Verme, a coroa mostrará sem sombra de dúvida


que o prisioneiro aqui presente


foi apanhado em flagrante dando mostras de sentimentos


sentimentos de natureza quase humana


Que vergonha!


Assim não pode ser, chamem o director da escola


Sempre achei que este ia acabar mal


Se afinal, Meritíssimo,me tivessem dado carta branca


Tê-lo-ia chicoteado até entrar na linha mas tinha as mãos atadas.


O raio dos poetas e artistas deixam-nos fazer tudo o que querem.


Deixem-me malhar-lhe agora,


loucos bonecos no sotão,estou maluco


Devem-me faltar alguns parafusos


Chamem a mulher do réu, sua porca, estás arrumado


Espero que fiques dentro para sempre


Devias ter falado comigo mais vezes


Do que falas-te, mas não, tinhas que levar a tua avante


Destruiste muitos lares ultimamente?"


Dê-me só cinco minutos,Meritíssimo Verme, a sós com ele


"Pequenino, vem à mamã, pequenino, deixa-me pegar em ti


Na cama nunca quis que ele arrajasse sarilhos


Porque me abandonou ele, Meritíssimo Verme,deixe-me levá-lo para casa


Doido com o arco-íris, estou louco, grades na janela


Devia haver ali uma porta na parede quando aqui cheguei


Doido como o arco-íris, está doido e a prova perante o tribunal


É irrefutável, nem é necessário o júri retirar-se


Em toda a minha experiência como juiz nunca vi ninguém


Que mais merecesse a pena capital, a maneira como fez


Sofrer a sua excepcional mulher e a sua mãe dá-me vontade deVomitar mas meu amigo você revelou o seu medo mais profundo


Condeno-o a ficar exposto perante os seus semelhantes


Deitem a parede abaixo.
publicada por alex às 14:33

2 Comentários:
Silêncio Culpado disse...
Xana

Este texto tem duas linhas de força que acho espectaculares. Uma tem a ver com a frieza das Instituições face ao indivíduo e outra com o facto de remeteres para o "castigo maior" não a pena de morte nem a prisão mas sim a queda do muro que deixa o indivíduo exposto perante uma sociedade que o hostiliza.
Muito boas mesmo e muito ricas estas duas mensagens.
Porém já não concordo que apelides de "verme" o Meretissímo só porque ele representa a lei e produz um julgamento de acordo com a mesma.Ele também poderá ser uma vítima do próprio papel que desempenha. Ele também, tal como o jovem que julga, poderá ser um rebelde solitário, que faz parte duma engrenagem que lhe impõe uma determinada forma de actuação.
Porque todos nós estamos permanentemente a ser julgados pelos actos que praticamos e pelas percepções que os outros têm desses mesmos actos. E isto quer expressemos claramento o nosso pensamento ou o guardemos a sete chaves no lugar mais recôndito de nós próprios.
Também nós nos julgamos e avaliamos de acordo com certos padrões que umas vezes nos beneficiam e outras nos prejudicam. E é deste conjunto de julgamentos que resulta a nossa vida em sociedade e que pagamos quase sempre pelos actos que cometemos.
Todavia mais importante que os actos em si é a humildade na nossa postura em relação aos outros. Se atirarmos pedras ao Meretissímo, quer chamando-lhe verme, quer hostilizando a sua actuação legitimada pela sociedade a que pertencemos, receberemos sempre de volta essas pedras que ferem e se amontoam ao invés de servirem para construirem pontes que aproximam. Para que os outros nos aceitem, tal como somos, temos também que procurar aceitar esses outros tal como eles também são. A nossa situação não especial só porque é nossa. Todas as situações individuais são especiais e todas têm o seu lado bom e as suas vicissitudes. Ninguém é a vítima porque todos ajudam, mal ou bem, a contruir a sociedade que os eleva ou que os inferioriza.


Adorei esta tentativa de te abrires e expressares sentires.

Cintinua.


Beijos

20 de Janeiro de 2009 3:36
R. Rudoisxis disse...
Sentires desordenados e culpas assumidas que em todas as auto condenações ainda parecem suaves para ti. Um grito na noite, um gemido ouvido, uma dor que não passa, um perdão em que não acreditas. Caída na sargeta pela mão firme que te estendem,levanta-te e caminha.
Uma caminhada de mil quilómetros começa com um pequeno passo. A cada passo dado que dês menos será a distância a percorrer. O caminho é longo mas tu és capaz.A pena capital morreu e a prisão perpétua é inadequada a qualquer crime por mais hediondo que seja. As portas abriram-se e o julgamento feito e a sentença cumprida. Renasce para vida, confia na tua força e na capacidade de amar a vida. A primavera chegou e as flores crescem na berma da tua estrada.Inspira o ar puro e o perfume que sentes no ar emanado dessas flores. A vida é linda e bela se apreciarmos a sua beleza.
As barreiras cairam, o sol brilha e o céu ficou azul.As nuvens cinzentas desapareceram a chuva fez nascer as flores e tudo é difrente. Porque havemos de nos lembrar das tempestades passadas como se elas ainda estivessem presentes. Ama a vida, ama o teu próximos e todos aqueles que te amam. Beijo

20 de Janeiro de 2009 13:06

Enviar um comentário



Por um por todos por nenhum
faço o meu canto canto a minha mágoa
num desencanto aberto pelo gume
deste pranto tão limpo como a água.


Por nenhum por todos ou por um
eu dou o meu poema o meu tecido
de palavras gravadas com o lume
do medo que na voz trago vencido.

Por nenhum por um mesmo por todos
sou a bala e o vinho sou o mesmo
que pisa as uvas os versos e o lodo
num chão onde a coragem nasce a esmo.
Joaquim Pessoa


Silêncio Culpado disse...
Xana

Não conhecia este poema de Joaquim Pessoa mas gostei e acho-o muito apropriado.
Nesta perspectiva, e na parte que me toca, agradeço-te do fundo do coração.


Beijos

20 de Janeiro de 2009 3:39
sideny disse...
Eu também agradeço o poema
beijo

21 de Janeiro de 2009 6:00

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

FALTOU-ME UM GOLPE DE ASA

Hoje 09-01-08 uma amiga nova e querida vai a uma consulta, está tanto frio, e dela pouco mais sei que está doente e detesta o frio.Mas sei que gostava de viajar para um país tropical,todos menos o Brasil.Uma praia, palmeiras,céu azul e mt mt sol, eu respondi-lhe se um dia eu tivesse dinheiro....
vamos as duas quem sabe, aprendi a sonhar há pouco tempo, tu escolhes o país e talvez as dores da alma se esfumassem,levadas pela brisa.
somos mt diferentes é verdade , mas atrevo-me a dizer que a nossa alma sofre das mesmas dores.
Está tanto frio...
Faltou-me um bocadinho assim de coragem para lhe dizer eu vou à consulta contigo, amiga.
falta-me sempre um golpe de asa.

para sideny

SILÊNCIO CULPADO disse...
Alex

Ora bem. Aqui está um comentário que aparece como uma nova mensagem. Esta vontade de descobrir fascina-me. Descobriste sozinha que podes produzir mensagens genuínas e com elas abrir uma fresta na muralha que te tapa. Eu disse "tapa" e não "prende" porque há sempre uma saída. Assim a queiras encontrar.
Quanto ao sítio de sonho... quem sabe? Os sonhos são diferentes das ilusões porque podem tornar-se realidade quando perseguimos objectivos concretizáveis e rejubilamos a cada passo conseguido. As ilusões são fruto da imaginação que não consegue lidar com a realidade e, por isso, devemos recusá-las.
Fixemo-nos pois no sonho e percorramos o caminho que nos separa dele.

Força!

Abraço

9 de Janeiro de 2009 9:46
sideny disse...
Esta mensagem foi removida pelo autor.

10 de Janeiro de 2009 3:33
sideny disse...
alex
Muito obrigado pela atenção.
Mas não perdeste nada, estava um frio de cortar a alma.
Quanto a viagemum dia a faremos.
Sonhar é bom e os sonhos torna-se possiveis é so queremos, nunca baixar os braços.
Olha pra nos ali ao fundo,esticadas ao sol:)))
Vou a agua queres vir?
:))))
jinhos

força contigo....

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O INICÍO DA ULTRAPASSAGEM


8 Comentários:
sideny disse...
ola Primeiraaaaa.Vou gostar de ver e ler o teu blg.Força beijinhos
8 de Janeiro de 2009 7:36
alex disse...
sideny ,muito ob por seres a 1º.adorei ter -te aqui bjocas
8 de Janeiro de 2009 10:10
ru2x disse...
Eu comentei não apareceu. Comento de novo tentando lembrar-me do que escrevi.Sou o segundo a comentar a sideny merece ser a primeira ela é uma boa amiga e vejo com alegria o desenvolver da vossa amizade.É com muito orgulho que vejo o teu renascer. As barreias vão caindo a cada dia que passa e o caminho à tua frente vai aparecendo para poderes caminhar com segurança.Lembra-te que perder-se também é caminho. O impossivel acontece quando canalizamos todas as energias em busca de um objectivo. A mudança acontece quando acreditamos genuinamente em nós mesmos. Não conseguimos mudar o mundo, mas se nós mudarmos o mundo muda connosco.Um resto de dia de anos feliz. Compreendes o que quero dizer?Beijos
8 de Janeiro de 2009 11:37
alex disse...
ru2x, sabes consigo sentir-me orgulhosa tb e já consigo vislumbrar um trilho ao longe cada passo é pequeno mas seguro.sabes bem que tenho uma bussola na mão,que não largo nem por um instante e que me indica sempre o norte.começo a acreditar em mim nos outros e que os impossiveis podem-se tornar possiveis.o meu mundo de barreiras feitas de pedra começa a mover-se lentamente.08-01-08 é uma data que não vou esquecer.ob.para ti tb
8 de Janeiro de 2009 15:42
alex disse...
faltou-me um golpe de asa...Hoje 09-01-08 uma amiga nova e querida, vai a uma consulta, dela pouco mais sei que está doente e que detesta o frio.Sei tb que gostava de viajar, neste Inverno para um país tropical, todos disse-me ela menos o brasil. Uma praia, palmeiras céu azul e sol mt sol ,se eu tivesse dinheiro... Vamos as duas,quem sabe , aprendi a soltar os sonhos à pouco tempo,tu escolhes o país.Eu e ela somos mt diferentes é verdade, mas atrevo-me a dizer que a dor que sentimos na alma é semelhante e talvez ela se esfumasse com a brisa suave que corre sempre em praias de sonho , como a nossa.faltou-me um bocadinho assim de coragem para lhe dizer eu vou contigo à consulta amiga.falta-me sempre um golpe de asa....para sidiny
9 de Janeiro de 2009 1:02
sideny disse...
olaobrigada .mas não perdeste nada, estava um frio horrivelate congelava a alma.esta tudo a andar bem.quanto a viagem so para baixo do equador, para cima esta frio.havemos de ir nem que seja em sonho:))))beijocas
9 de Janeiro de 2009 8:37