Dize-me, amor como te sou querida,
Conta-me a glória do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito
Arranca-me dos pântanos da vida.
Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito
Mostra-me a luz, ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!
Nesta negra cisterna em que me afundo
Sem quimeras, sem crenças, sem ternura
Agonia sem fé de moribundo.
Grito o teu nome numa sede estranha,
Como se fosse amor toda a frecura
Das águas cristalinas da montanha
Florbela Espanca
Retorno! Me reapresentando!
Há 8 anos
Alex
ResponderEliminarFlorbela Espanca era bipolar, desgraçada, amargurada e sempre a pender para o fatalismo.
Tem poemas que são marcantes e cuja beleza e profundidade são inegáveis. Mas estou como a Fatyly, pouco propensa a estes amores fatais e sem esperança onde se acoitam sentimentos tempestuosos e amarguras infinitas.
Olhemos a Primavera e o que podemos SER.
Abraço